SIMBIOSE
“Compreendo arte como aquele ímpeto
que fibrila dentro de nós com a vontade veemente de materializar-se; para isso,
faz-se uso da técnica e do método que por convenções foram fragmentados; refiro-me
aqui à especificidade da técnica para materialização da arte, ou melhor, às
vertentes da arte. O que diferencia a fotografia da dança é senão uma destas
convenções separatistas - em suma, ambas são ramificações de uma única raiz. Retomando
a essa essência una das artes, Simbiose
resgata um viés para criação e estudo da arte, onde fotografia e dança,
cooperam como um único organismo. Não obstante, em Simbiose rompe-se com a heterogeneidade particular inerente a este
tipo de relação, juntando os ramos em prol de um resultado comum, logo permitindo
sua efetiva coadunação. Não há mais dança sem fotografia, nem fotografia sem
dança; a partícula agora é todo, e o todo é a partícula; um jogo com
imbricamentos relativos à inter-ações, à integrações.”
Gabriel Guerra
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